quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Hoje a inspiração nãoe  uma foto mas um refrão de musica, uma das melhores e mais lindas que ja ouvi.

"ESCURIDÃO JA VI PIOR, DE ENDOIDECER GENTE SÃ
...MAS E CLARO QUE SOL VAI VOLTARA AMANHÃ" Renato Russo
 As vezes custa um mundo a gente dizer que ta tudo bem!mas e preciso dizer.. não se entregar..
  Não permitir que a dor que te vigia de perto tome de assalto o seus olhos...
Essa megera e traiçoeira e te leva rapido demais por este mundo cinza...
 Mas ela e falsa .. o mundo continua colorido, o sol continua aqui..
 E so a gente não dá conversa para ela.
 E tem sempre por perto, em um catinho de flor, em uma criança bonita, em um amigo amado, uma menininha linda chamada Alegria...
pega ela pela mão...

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011



O ENCANTADOR DE SERPENTES

         A relatividade de conceitos atribuídos ao certo e errados sempre me encabulou. Quando era garoto pensava que certo fosse tudo de que os outros gostavam que eu fizesse. Assim sempre que alguém me pedia que eu fosse à padaria, ou que ficasse sentado ou ainda que eu fosse dormir, eu o fazia, para logo depois ganhar a recompensa ao ouvir os adultos em unaminidade a dizer:
         _ Bom menino!
         _ Que filho maravilhoso, é meu queridinho!
         _ Toma meu amor, um chocolate da titia, que gracinha!
         E assim passei a infância concordando e agradando. Fui sempre o melhor para todos e pensei que também o era para mim.
         Adentrei a adolescência consciente de que poderia obter tudo o que quisesse sendo um bom menino. Mas neste momento me deparei com um enigma: O que eu queria já não era mais o que os outros queriam. Eu até tentei dormir sempre que os outros mandavam, mas o sono não aparecia e eu insone, ficava olhando as estrelas e pensando que o certo já não era tão certo e o errado, antes abominado, parecia-me agora uma caixa colorida de surpresas que eu ansioso gostaria de desvendar. Mas, a herança permanecia tão viva que passei a omitir o que sentia por medo de ficar sem o chocolate da titia e a aprovação do resto do mundo.
         Até que uma vez encontrei-me com uma fada diferente das que me observavam nos contos de fadas, que aprendi a escrever e acreditar na infância. Ela não era azul, desprovida de véus e ao invés de atender aos meus desejos passou a fazer com que eu atendesse os seus.
         De que país encantado viera ela? Onde seria o lugar onde as pessoas não tinham a necessidade do chocolate da titia, e às vezes, tão pouco da tia? Donde viera esta diva que corajosamente dizia e fazia sempre o que pensava?
         No primeiro momento, embora encantado, a julguei errada. Afinal o certo era certo e o errado, ora bolas, errado.
         Sua vivacidade, sua ausência total de preestabelecer parâmetros e linhas, para que não nos sentíssemos culpados quando as ultrapassássemos, suas calças compridas, seus cabelos vermelhos, sua vontade de sorrir e de chorar nos momentos mais inusitados, tranformou-me e transformou meus conceitos. Enlouqueci de tédio, até que decidi mudar-me para dentro da fada que não era azul.
         Com ela corri campinas, visitei mares, envolvi-me com tesouros submersos dentro de mim e dela. Enfrentei tempestades, rasguei regimentos, deixei os cabelos crescidos, encantei serpentes e deixei-me encantar por elas. E Ouvia insistentemente:
         _Esse rapaz, não sei não...
         _ Filho quanta maldade, quanto egoísmo. Não vê que seus irmãos te olham?
         _ Meu sobrinho? Eu quase não o vejo, somos distantes. Querem um chocolate?
         O certo tinha virado do avesso. E eu já não dormia cedo mais.
         Minha fada, que não era de ninguém, resolveu voar. Pobre de mim que ainda não o sabia e tive de ficar. Fiquei preso à faculdade, ao dinheiro curto, ao medo tétrico de alturas, ao concerto infindável de obrigações. Foi quando descobri que tinha virado homem, cortei os cabelos, pintei uma tabuleta que finquei na terra do coração, onde se pode ler em letras verdes (para não se perder as esperanças): Aqui jaz um encantador de serpentes que fora encantado pela vida.

         Dali em diante, fiquei sempre a espera de ouvir do patrão:

         _ Esse rapaz é bom, tem futuro...
         Ainda hoje quando perco o sono e passo a olhar as estrelas, pareço ver entre a noite e o dia minha fada, que não era azul, que não era minha e que chorava e ria quando bem entendia.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Essencial é viver.


Vivendo

Existe sempre um dia que a gente se cansa das frivolidades!
Existe sempre um tempo onde o que queremos é um pouco mais de profundidade.
Algumas pessoas correm como loucas disto porque pensam que se aprofundar, deixar a superficialidade das coisas fugazes, fará delas prisioneiras de algo ou alguém.
Na verdade nem percebem que estão presas aquilo que consideram liberdade.
Porque livre mesmo é aquele que não teme o outro porque não teme a si mesmo.
Deu-se ao autoconhecimento e assim resolveu desbravar-se e se conhecendo torna-se liberto, porque cuida de emocionar-se, de permitir-se o riso por coisas simples e as lágrimas pelo que valem (o escoar de uma represa que se não abre compotas estoura em dor e violência).
Este ser ultrapassa as convenções e permiti-se sentir, e sentir não com a pele, mas com a alma e consigo inteiro.
E quando atinge este estagio tudo que é cor ficam mais intensa, todas as pessoas são reais e, portanto as emoções vividas com elas e ou junto a elas são mais profundas e marcantes.
E quando estas mesmas pessoas se vão, porque quiseram ou porque tiveram de ir, fica um nicho, um quarto dentro de nós com aquelas emoções grafadas e, portanto agora patrimônio nosso.
Eu sou feita de uma porção de emoções que são minhas e misturas a de tantos que passaram, ou estão em minha vida.
Em determinado momento a frase que dita está impreguinada da gentileza de um amigo ou da franqueza de um irmão e, ainda é minha, genuinamente traspassada de muitos. E ai sou muito mais completa.
Andei flertando com a futilidade, deixando-me enganar por umas promessas que esta louca faz de alegria, e percebi que eu sou muito areia para o caminhãozinho da futilidade e da superficialidade.
E não estou falando de papeis e sim de emoções, sentimentos, vibrações... Papeis são convenções.
 Sentimentos e emoções são parte das pessoas!
 Têm validade e são a carta de alforria da mediocridade.


          Giane

A que venho...

Aqui colocaremos palavras nas suas imagens.
Aqui imagens se transformarão em emoções.
Mande-me fotos, as que você quiser, com um  sorriso, um dia de chuva ou de sol, algo em uma viagem.
Esta imagem poderá ser a inspiração para um conto, uma poesia, uma crônica.
 Mas olha não esperem de mim compromisso com o real,  é puro exercício de imaginação.
Posso também aqui comentar e desenvolver palavras em  torno de outras linguagens.
 Trechos de filmes, pedaços de musica e partes de livros.
 Tudo vale desde que possamos estar expandindo nossa mente.
 Desafiando a nossa própria inteligência e porque não nos divertindo?
Quem será o primeiro a me mandar uma imagem?
Lançado o desafio.

 A propósito esta sou eu.


P.S- quem quiser mandar imagem mande para navegaacessorios@hotmail.com e coloque no assunto: FOTO PARA MEU BLOG.